Neste dia (03/10/2019) fazendo memória da festa de São Francisco de Assis, que a mais de 800 anos vem nos ensinando que a paz, a fraternidade e o diálogo são maneiras expressivas e autênticas da presença de Deus entre nós, nas nossas relações sejam pessoais, sociais ou com a natureza, criação de Deus, queremos nos unir em oração por nossa “Casa Comum”.
Também a Igreja por sua doutrina social, sempre esteve inserida e preocupada com as situações que afetam nossas relações, agindo nas mais diferentes realidades. Nos dias atuais, especialmente, é viva a percepção de que o planeta pede socorro, e isso é urgente.
O Papa Francisco, bispos, religiosos e religiosas, missionários e leigos sentem o quanto precisamos cuidar dos nossos recursos naturais e o quanto há a necessidade de uma conscientização para preservação do planeta terra, sem exploração e violência. Estejamos atentos e rezemos pela 16ª Assembleia Geral Ordinária do sínodo dos bispos que se realizará de 6 a 27 de outubro.
É função dos nossos governantes tomarem providências sobre o assunto, mas também depende de cada um de nós trabalharmos para que o planeta sobreviva.
O Papa Francisco em 2013 convidou a toda Igreja se voltar para esse assunto através da encíclica: Laudato Si. Fica aqui o convite para quem ainda não teve a oportunidade de conhecer esse documento leia, reflita e busque possíveis formas de contribuir. Já no Brasil através das Campanhas da Fraternidade a Igreja dedicou à preservação do planeta 10 temas. São esses:
Cf 1979 – Preserve o que é de todos
Cf 1986 – Terra de deus, terra de irmãos
Cf 2002 – Por uma terra sem males
Cf 2004 – Água, fonte de vida
Cf 2007 – Vida e missão neste chão
Cf 2008 – Escolhe, pois, a vida
Cf 2010 – Vocês não podem servir a deus e ao dinheiro
Cf 2011 – Fraternidade e a vida no planeta
Cf 2016 – Casa comum, nossa responsabilidade
Cf2017- Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida
‘’São Francisco de Assis sempre louvou e cuidou da criação, pois tudo é obra de deus e reflexo do nosso criador. No tempo de Francisco, não havia esta perspectiva de apocalipse planetário hoje vivido. Mas impressiona a muitos, de todas as culturas, raças, religiões e épocas, a maneira de Francisco se relacionar com a natureza. Ele tira a minhoca do caminho para não ser pisada. Pede para os lenhadores cortar a árvore após o primeiro galho, a fim de que possa rebrotar. Quer que se deixe um canteiro na horta para as ervas daninhas poderem viver livremente. Compra uma ovelha levada ao abate e a devolve ao proprietário para que cuide e mantenha viva. Liberta uma lebre presa em alçapão. Louva pelo sol e com o sol ao seu criador. Louva pelos pássaros com quem conversa amigavelmente. Dialoga com o urso e o transforma em animal de estimação. Pisa com cuidado nas pedras, porque são criaturas do mesmo Deus e pai. Não pisa na água com a qual acabou de se lavar, em agradecimento pelo importante serviço que lhe prestou etc. Por trás desta postura se percebe um grande respeito por tudo. ’’
Frei Aldir Crocoli
Entre os anos de 1.500 e 1.850 foi eliminada uma espécie de vida em cada 10 anos; Entre os anos de 1.850 e 1.950 foi destruída uma espécie de vida por ano; Na década de 90, desapareceram 10 espécies de vida por dia.
Apenas nesse ano de 2019 oito espécies de animais podem deixar de existir. O que pensaria São Francisco, hoje, se soubesse desses números?
Podemos nos perguntar o que estamos fazendo para colaborar para que tenhamos um mundo mais saudável e sustentável?
Que São Francisco olhe por nós, especialmente por nosso planeta!
Paz e bem.